Estamos passando por um momento histórico. A crise do coronavírus já afetou 109 países, abalou a economia global e soma mais de oito mil mortos. Alguns podem até dizer “que é igual à gripe espanhola” ou “que esse vírus não é tudo isso que a mídia propaga”. Esse posicionamento, ni entanto, prega somente a desinformação. Todos os setores econômicos estão sofrendo, do produtor de batatas na Alemanha ao astro de Hollywood. E é justamente nessa crise que os marketeiros devem se adaptar ao ambiente e os economistas traçar planos econômicos sólidos. A economia é a chave para a solução, uma vez que essa roda paga os seus funcionários e eles alimentam a sua família. Essa roda só gira com um bom marketing.
A estratégia agora é saber como se posicionar. Os líderes empresariais precisam honrar as suas palavras quando dizem que a alma da empresa são os seus funcionários. Infelizmente esse discurso é só um discurso. A rede Riachuelo, administrada pelo ex-candidato a presidência Flavio Rocha, manteve aberto seus escritórios mesmo com casos positivos de coronavírus, segundo o site “The Intercept Brasil”. Mas também temos exemplos positivos, como a da 99 Taxis e Havaianas. Ligadas ao movimento #DistanciaSalva, as marcas estão apoiando, via redes sociais, campanhas sobre como se prevenir da doença e como a quarentena ajuda no desaceleramento do contágio.
Uma solução encontrada por algumas empresas foi a implementação do trabalho via Home Office aos seus funcionários. Essa medida impede que os profissionais se coloquem em risco. Porém no meio do marketing, tal medida pode ser mais prejudicial que benéfica. Uma pesquisa feita pelo Marketing Week e a Econsultancy apontou que de 877 marketeiros, 62% deles acreditam que o trabalho remoto possa comprometer as demandas diárias. A questão agora é o tempo de trabalho remoto. As empresas que precisam do seu time no escritório são as mais afetadas. Mas para aquelas que possuem tecnologia para trabalhar de casa e que a natureza de seu trabalho não entre em conflito, podem se tranquilizar. Vale ressaltar que nessa mesma pesquisa 73% dos entrevistados trabalham melhor de casa.
Para as grandes marcas que tinham uma estratégia de vendas consolidada e pronta para ser implementada, devem reconsiderar e esperar por uma nova oportunidade. O disparo de propagandas e o incentivo ao consumo em lugares físicos não são uma boa estratégia. Restaurantes podem procurar melhorar o seu serviço via delivery e comércios, as ações no ecommerce. A produção da sua marca deve visar o amanhã e não o hoje, as marcas acovardadas diante de uma crise perdem a oportunidade de tomar espaço das grandes corporações como uma nova opção.
As crises vêm e vão, cabe a você enfrentá-las e tirar os melhores frutos possíveis.